EDITORIAL | Decisão da Justiça Eleitoral encerra o último elo entre Lucinha e Antônio Gomes
A AIME tratava de suposto uso da máquina pública nas eleições de 2024, situando os fatos no período em que Antônio ainda era prefeito. À época, ele centralizava decisões administrativas e conduzia diretamente a campanha que lançou sua vice, Lucinha, à sucessão. Foi ele quem idealizou, organizou e executou a estratégia que levou a chapa à vitória.
O rompimento político entre ambos, consumado no início de 2025, deu novo sentido ao processo. Já opositor declarado, Antônio passou a reforçar publicamente as acusações já presentes no processo, em falas que, como registrou a imprensa regional, evidenciavam sua aposta política no desgaste da gestão e no impacto que a AIME poderia produzir contra sua ex-aliada.
A sentença, contudo, rejeitou todos os pedidos da acusação e manteve inalterados os diplomas dos eleitos. Cai por terra, assim, a tentativa de transformar a AIME em via paralela para enfraquecer — ou mesmo derrubar — o governo Lucinha da Saúde.
Com a decisão, Lucinha se liberta, de forma definitiva, de qualquer amarra política ao chamado “gomismo”, encerrando o último capítulo que ainda remetia à sua antiga aliança. O governo Lucinha da Saúde ganha força, moral e legitimidade para seguir conduzindo a administração municipal.