EDITORIAL | Lucinha e Acássio, respeitem o senhor Antônio Gomes
Foto: Reprodução Google/Acervo Pessoal
A Prefeitura de Mari, sob a gestão de Lucinha da Saúde, atravessa o período mais sombrio de sua história política. Escândalos de corrupção se acumulam: contratos milionários sem explicação, compras superfaturadas de material escolar e medicamentos, empresas de fachada beneficiadas em licitações e suspeitas de funcionários fantasmas.
Enquanto a cidade afunda em denúncias gravíssimas, a gestão tenta manipular a narrativa pública. Na terça-feira (8), o chefe de gabinete Acássio Barra publicou, em suas redes sociais, uma imagem da fachada da sede da Polícia Federal, afirmando que teria sido alvo de ameaças:
“A justiça será feita. As ameaças não ficarão em silêncio e serão divulgadas. Não aceitamos intimidações!”
A população tem o direito de saber: de onde partiram essas ameaças? Quem são os autores? Há provas? O silêncio quanto aos nomes não é neutro. Ao contrário: cria um vácuo que acaba sendo preenchido com ilações.
Quando Acássio afirma ter sido ameaçado, é natural supor que se refira a vozes da oposição. Mas o fato é que o ex-prefeito Marcos Martins, derrotado nas últimas eleições, não tem feito oposição combativa — nem de longe. Marcos não tem perfil agressivo, nem mesmo nos tempos em que enfrentava, com intensidade, o também ex-prefeito Antônio Gomes. Diante disso, quando o governo omite os supostos autores, deixa, de forma subliminar, que recaia sobre Antônio Gomes a suspeita velada.
Essa é a estratégia: criar um clima de ameaça e insinuação, e deixar que a opinião pública “complete as lacunas”. E como o rompimento político entre Antônio Gomes e Lucinha da Saúde é um fato recente e notório, o jogo é claro — ainda que covarde: o governo aposta no silêncio para sugerir, sem dizer, que o ex-prefeito enlutado teria algo a ver com as supostas ameaças.
Trata-se de uma insinuação vil, que ultrapassa todos os limites da moralidade pública. Antônio Gomes perdeu, de forma precoce, um filho. O governo, ao invés de respeitar seu luto, usa o vazio da acusação como instrumento de guerra política. Isso não é só desleal. É desumano.
E tudo isso é sustentado por uma engrenagem de propaganda alimentada com dinheiro público. Os sites ExpressoPB e SSNews, usados para espalhar essa narrativa de vitimização seletiva, pertencem, respectivamente, a Marcos Sales e Silvano Silva — ambos assessores de comunicação da prefeita. São blogs travestidos de imprensa, a serviço da blindagem institucional e da manipulação da opinião pública.
Enquanto isso, as denúncias continuam se acumulando: contratos milionários com empresas sem lastro técnico, kits escolares com valores abusivos, medicamentos superfaturados, funcionários sem local de trabalho. Este é o governo mais corrupto que Mari já teve, e tenta agora proteger-se em cima da dor alheia.
A população de Mari não é tola. O povo sabe distinguir uma denúncia real de uma cortina de fumaça. Nenhuma encenação será suficiente para esconder o óbvio: o governo Lucinha da Saúde está moralmente falido, politicamente isolado e administrativamente perdido.
E quanto mais tenta transformar seus próprios erros em atos de perseguição, mais revela o que é: um governo acuado, incompetente e sem respeito sequer pelos que sofrem.
Covardes.