CARTA ABERTA | Em defesa da legalidade no Hospital Municipal de Mari (PB)

Foto: Reprodução Google/Acervo Pessoal 


Mari (PB), agosto de 2025

O jornalismo Paraíba 2.0 vem a público manifestar preocupação diante de informações recorrentes que chegaram à nossa equipe, apontando para possíveis irregularidades na condução administrativa do Hospital Municipal Sagrado Coração de Jesus, em Mari (PB).

Segundo relatos de servidores, uma pessoa estaria desempenhando atribuições típicas de direção na unidade hospitalar sem que haja, até o momento, ato oficial de nomeação publicado. Ainda assim, atua como autoridade máxima no local, interferindo diretamente no funcionamento da unidade e nas relações de trabalho. Essa figura, inclusive, tem se sobressaído à própria direção oficialmente nomeada, minando sua autonomia e esvaziando sua legitimidade perante a equipe.

Há menções a um ambiente institucional marcado por tensões, constrangimentos e restrições de acesso à gestão legítima da saúde municipal, o que, se confirmado, compromete princípios fundamentais da administração pública.

Antes que o pior aconteça, nos adiantamos com o problema. O papel do jornalismo independente é justamente o de alertar, com responsabilidade, sobre situações que podem se agravar quando ignoradas ou silenciadas.

Neste contexto, merecem atenção os seguintes pontos, que podem configurar infrações administrativas e legais:

1. Usurpação de função pública – exercício indevido de cargo sem nomeação legal;

2. Assédio moral institucional – atitudes reiteradas que expõem servidores a pressões e constrangimentos;

3. Abuso de autoridade – práticas autoritárias à margem das competências legais;

4. Obstrução administrativa – bloqueio de canais institucionais de diálogo e encaminhamento;

5. Violação aos princípios da administração pública, como legalidade, impessoalidade e moralidade.

O Hospital Sagrado Coração de Jesus é um patrimônio público. Sua condução deve ser pautada pela legalidade, pelo respeito aos profissionais da saúde e pelo compromisso com a população.

Diante disso, o Paraíba 2.0 solicita à prefeita Lucinha da Saúde a abertura de apuração interna, com escuta técnica e imparcial das partes envolvidas, para que os fatos sejam devidamente esclarecidos e eventuais correções possam ser feitas em tempo hábil.

Nosso compromisso é com a verdade, a transparência e a integridade do serviço público.




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