MARI | Lucinha reduz em 44% os cargos comissionados e em 80% as contratações por excepcional interesse público em relação à gestão Antônio Gomes
A gestão da prefeita Lucinha da Saúde (PSB), em Mari (PB), começou com um movimento claro de reestruturação administrativa, com redução significativa no número de cargos comissionados e contratações por excepcional interesse público. Levantamento exclusivo da Agência de Notícias Mari 2.0 mostra que, apesar de o novo governo ter atuado por apenas quatro meses, os números já indicam uma mudança substancial em relação ao volume de contratações praticado pelo governo anterior.
Em 2024, último ano da administração de Antônio Gomes (PL), a Prefeitura de Mari registrou 203 cargos comissionados e 449 contratações por excepcional interesse público. Para uma cidade com pouco mais de 22 mil habitantes, esses números são alarmantes. A prática de nomeações em um volume tão expressivo no fim da gestão de Antônio Gomes levanta questões sobre a eficiência da administração, sugerindo que a estrutura pública foi ampliada de forma desproporcional, sobrecarregando o orçamento municipal e deixando um legado de dificuldades para o novo governo.
Nos primeiros quatro meses de 2025, sob a gestão de Lucinha da Saúde, esses números caíram para 113 cargos comissionados e 87 contratações temporárias, o que representa uma redução de 44,3% nos cargos comissionados e 80,6% nas contratações por excepcional interesse público. A avaliação da Agência de Notícias Mari 2.0 é de que o governo Lucinha tenta ajustar a estrutura administrativa, cortando excessos e buscando maior eficiência nos gastos com pessoal.
No entanto, uma área em que a gestão atual ainda chama atenção é na quantidade de assessores, especialmente na comunicação. Embora tenha reduzido drasticamente os números gerais, o governo mantém uma estrutura robusta de assessores diretos e comunicacionais — algo que, em um município de pequeno porte, continua gerando debate sobre o equilíbrio entre governabilidade e economia.
Ainda assim, é inegável que o governo Lucinha da Saúde deu um passo relevante. Reduzir, em tão pouco tempo, números que haviam ultrapassado qualquer razoabilidade nos últimos anos, exige decisão política — e algum enfrentamento interno.
Mari não resolverá todos os seus desafios apenas cortando contratos. Mas quando um governo começa dizendo “não” ao desperdício, abre espaço para dizer “sim” ao que realmente importa. É aí que mora a diferença entre ocupar o poder — e governar com propósito.