CARTA ABERTA À PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE MARI (PB)

Foto: Reprodução Google/Site Oficial da Câmara Municipal de Mari/Presidente Djacyara Maria Martiniano de Moura 


Transparência, responsabilidade e o papel da imprensa

Mari (PB), abril de 2025

Prezada vereadora Djacyara Maria Martiniano de Moura, presidente da Câmara Municipal de Mari,

A Agência de Notícias Mari 2.0 vem a público, com o devido respeito institucional, responder à manifestação encaminhada por Vossa Excelência a um de nossos integrantes, em reação a conteúdos jornalísticos recentemente divulgados. Mantemos nosso compromisso com a liberdade de imprensa, a responsabilidade editorial e o direito da sociedade à informação pública.

Conforme documentos oficiais, a Câmara Municipal custeou cinco passagens para uma comitiva a Brasília, embora apenas três parlamentares tenham sido confirmados como presentes: Emanuelly de Lói, Professor Erivan Sabino e Valeska Magalhães. O que motivou nossa apuração não foi especulação, mas sim a ausência de uma comunicação oficial sobre os demais integrantes da comitiva e os critérios adotados para essa seleção. Isso gerou dúvidas legítimas, que precisam ser esclarecidas com transparência, como exige a administração pública.

Sobre a citação ao ex-vereador Lói da Saúde, nosso conteúdo foi construído a partir do contexto político e da informação não oficializada pela Câmara. Ressaltamos que, assim que ele próprio entrou em contato conosco para esclarecer que custeou sua viagem com recursos próprios, imediatamente tomamos providência para atualizar a informação, conforme nossa conduta ética.

Em relação à contratação do serviço de arquivologia, informamos apenas que se trata de uma dispensa de licitação, procedimento legal e previsto na legislação, mas que exige publicidade, detalhamento do objeto e prestação de contas à sociedade. Nossa menção ao tema foi técnica, sem qualquer acusação ou insinuação de ilegalidade.

No entanto, prezada presidente, consideramos grave a declaração de que a Câmara poderá acionar judicialmente a nossa agência por suposta “informação falsa”. Reafirmamos: não houve inverdades, e todas as matérias estão amparadas em documentos públicos e no direito constitucional à liberdade de imprensa e de expressão. Não há, portanto, qualquer fundamento jurídico para eventual ação judicial. Ainda assim, estamos abertos ao contraditório e ao diálogo institucional.

Por outro lado, registramos que nossa equipe jurídica está acompanhando de perto o pagamento de três empenhos, que somam R$ 6.700,00 a um CNPJ recém-criado, supostamente destinado à publicidade do Legislativo. Até o momento, não se tem notícia pública de onde, como e quando esse serviço foi efetivamente prestado. Se não houver esclarecimento formal e objetivo por parte da Presidência da Câmara, a Agência de Notícias Mari 2.0 também avaliará as medidas legais cabíveis, no interesse da transparência e da correta aplicação dos recursos públicos.

Reiteramos que nossa atuação jornalística se pauta pelo profissionalismo e pelo interesse público. Seguiremos questionando, apurando e ouvindo todos os lados, sempre com responsabilidade.

Atenciosamente,

Postagens mais visitadas deste blog

EDITORIAL | Lucinha e Acássio, respeitem o senhor Antônio Gomes

CARTA ABERTA | "O silêncio estratégico de um rompimento. Nós escolhemos falar."

EDITORIAL | O governo Lucinha da Saúde chega ao fim antes do tempo